Temos uma formação vegetal ímpar, a caatinga, que ocupa uma área de 734.478 km2 e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isto significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em nenhum outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil.
A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais. Em certas regiões do Ceará, por exemplo, embora a média para anos ricos em chuvas seja de 1.000 mm, pode chegar a apenas 200 mm nos anos secos.
A temperatura se situa entre 24 e 26 graus e varia pouco durante o ano. Além dessas condições climáticas rigorosas, a região das caatingas está submetida a ventos fortes e secos, que contribuem para a aridez da paisagem nos meses de seca.
As plantas da caatinga possuem adaptações ao clima, tais como folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis, caules suculentos etc. Todas essas adaptações lhes conferem um aspecto característico denominado xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto).
Bem. Já que começamos nossas imagens do Nordeste pela Caatinga, porque que não mostrarmos a família de plantas símbolo deste bioma – As Cactáceas.
Família de dicotiledóneas que se distribui por cerca de 90 géneros e cerca de 1400 espécies. São plantas xeromórficas arborescentes ou arbustivas, mais ou menos suculentas, geralmente espinhosas, de consistência rígida, mas não estruturalmente lenhosas.
As Cactáceas (Cactaceae) são, na sua maioria, oriundas da América e apenas um género proveniente de África. Na Península Ibérica encontram-se várias espécies arbustivas, de que a mais conhecida é a Opuntia maxima, conhecida por figueira-da-Índia.
É interessante o fato de esta família apresentar, de maneira curiosa, diferentes tipos morfológicos de caule. O caule é, geralmente, suculento e ramificado. As ramificações podem ter forma cilíndrica, cónica, globosa ou espalmada. São ramificações longas, com ou sem folhas, ou curtas, produzindo um espinho ou um aglomerado de espinhos.
Em geral, as folhas das Cactáceas são rudimentares e estão, quase sempre, transformadas em espinhos. São folhas simples, inteiras e alternas. Não possuem estípulas.
As flores são hermafroditas, actinomorfas. O perianto petalóide é constituído por numerosas tépalas, normalmente, livres.
Têm estames numerosos, com anteras deiscentes por uma fenda longitudinal. Os carpelos, normalmente em número de três, encontram-se soldados. O ovário é quase sempre ínfero, unilocular e com numerosos óvulos.
O fruto é carnudo - baga -, com numerosas sementes e frequentemente revestido de escamas.
Muitas Cactáceas, como, por exemplo, as pertencentes aos géneros Opuntia, Cereus, Hylocereus e Schlumbergera, são apreciadas como plantas ornamentais. Noutros exemplares desta família, como em várias espécies de Opuntia, os frutos são comestíveis.
O principal cacto do Nordeste é o Mandacaru.
Nome Científico: Cereus peruvianus e Cereus jamacaru.
Características: Ramificado desde rente a base do caule, o mandacaru lembra um imenso candelabro. Nasce quase sempre isolado, com vegetação de menor porte ao redor, o que acentua a impressão de solidez. Podem atingir cerca de cinco metros de altura, recebem outros nomes, como jamacaru, cardeiro, cardeiro-rajado e mandacaru-de-boi. Do caule, cortado em pedaços, se faz um apreciado doce. O caule também fornece fécula.
Floração: Ramificado desde rente a base do caule, o mandacaru lembra um imenso candelabro. Nasce quase sempre isolado, com vegetação de menor porte ao redor, o que acentua a impressão de solidez. Podem atingir cerca de cinco metros de altura, recebem outros nomes, como jamacaru, cardeiro, cardeiro-rajado e mandacaru-de-boi. Do caule, cortado em pedaços, se faz um apreciado doce. O caule também fornece fécula. Geralmente em Dezembro. Nos Cereus peruvianus, as flores afuniladas medem até vinte centímetros de comprimento, são brancas por dentro e castanho-avermelhadas por fora. Em Cereus jamacaru, o comprimento das flores, brancas e estriadas de verde, reduz-se a 12,5cm.
Frutificação: Os frutos do do mandacaru são comestíveis, têm formato elipsóide e podem alcançar 20 cm de comprimento por 12cm de diâmetro. Em épocas de escassez, podem ser comidos crus depois de extraída as cascas. É parecido com a Pitaia, mas tem sabor menos adocicado.
Pra encerrar nossa postagem, deixo uma clássica música nordestina: Luiz Gonzaga - Xote das meninas.
Fontes:
https://maestrovirtuale.com
https://super.abril.com.br
https://www.embrapa.br
Essa polpa rosada parece ser uma delicia. Me pergunto se é possivel usa-la para criar doces, batidas, sucos e até mesmo sorvetes. Conheço apenas a Pitaya.
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